quarta-feira, 29 de julho de 2009

A marca stereographic - A definição das cores

Como havíamos prometido, este post – com muito tempo de atraso - é para finalizar os elementos primários da marca, apresentando nossa definição da cor.

Provavelmente, nenhum outro elemento nos deu tanto trabalho quanto definir a cor ou as cores da marca, principalmente porque num trabalho acadêmico não basta fazer, temos que encontrar as justificativas teóricas para as escolhas.

Nossas pesquisas envolveram diversos livros – listados no final do post – que nos possibilitaram perceber que não existe um caminho exato a seguir. Muitas vezes vemos ou ouvimos sobre a importância das cores no momento da escolha de um produto e então seguem os exemplos: Coca-Cola, Bradesco, McDonald’s etc., mas, e em primeiro lugar, devemos pensar se foram as cores – ou mesmo a marca – que definiu a importância destas empresas/produtos ou se foi o contrário, ou seja, as marcas ou cores só têm importância porque os produtos ou empresas assumiram posições de destaque. Qual sua opinião?

Para pensar ainda mais sobre isso, lembremos que o Guaraná Antártica sempre teve a predominância da cor verde e a Pepsi, da cor azul; que o segundo maior banco do Brasil, a marca do banco Itaú tinha as cores preto e branco e atualmente utiliza o azul e o amarelo e; o Burguer King, tem, além do amarelo e vermelho, assim como o McDonald’s, o azul em sua marca.

Ou seja, o assunto cores segue cada vez mais complexo.

O teste dos cartões coloridos desenvolvido por Max Lüscher é muito utilizado na psicologia das cores, por empresas que prestam consultoria sobre cores e também por designers que desenvolvem marcas e embalagens. Este método, muito utilizado na psiquiatria desde os anos 1940 é baseado em testes psicológicos a partir de escolhas seqüenciais entre oito cartões de cores diferentes.

Este modelo foi descartado por nós, em primeiro lugar por não possuirmos conhecimento profundo sobre as técnicas o que fatalmente nos levaria ao uso incorreto; em segundo lugar, o modelo apresenta, para nós, leigos, contradições em suas relações psicológicas “positivas” e “negativas” ou seja, uma mesma cor pode ter significados de “frescor” ou “estagnação”, “confiança” e medo” entre outros – como saber que sensações estamos passando se não somos experts na técnica?

Outra abordagem que poderíamos utilizar é a relativa à influência cultural sobre a percepção humana. Estes estudos dão conta das diversidades dos códigos existentes nas cores, entre diferentes povos. Por exemplo, enquanto a representação do luto na cultura ocidental é feita pela cor preta, na China a representação se dá pela cor branca; os esquimós possuem diversas denominações distintas para as tonalidades da cor branca e; os gregos utilizavam-se de termos semelhantes para descrever o azul, o verde e outras cores escuras.

Nossa grande dificuldade ao abordarmos as cores da marca sob este aspecto é que desde o período das grandes navegações, passando pela modernização nos transportes, pelo desenvolvimento das telecomunicações e, especialmente nos dias de hoje, com o avanço da globalização das grandes corporações – leiam-se também grandes marcas – e a comunicação via Internet, os povos passam por um processo de aproximação cultural, o que tende a reduzir o impacto cultural ancestral na percepção humana.

Finalmente, decidimos abordar a questão seguindo a metodologia de projeto de identidade visual proposta por Péon que trata, na fase de problematização, dos estudos de similares que englobam entre outras informações a serem obtidas, a análise das cores institucionais e amostras dos símbolos, dos logotipos e das marcas das empresas concorrentes ou similares.

Ainda que a definição da cor nas marcas pesquisadas possa ter sido desenvolvida com base em alguma das teorias que descartamos, julgamos que se trata da melhor opção para estabelecer o padrão cromático de nossa marca justamente por já carregar toda esta informação psicológica e cultural.

Para o levantamento sobre marcas de similares, utilizamos as 50 primeiras colocadas no ranking das 100 empresas que mais faturaram no ano de 2007, nas áreas de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, segundo a revista Computer World. Excluímos destas 50 empresas, aquelas ligadas exclusivamente à área de telecomunicações.

Nossa posição ao escolher empresas ligadas à área de Tecnologia da Informação e não estúdios de design é determinada pela opção de relacionar nossa marca com o ambiente no qual o design digital deve ser inserido, visto que na área de design corre-se o risco de não se distinguir do design gráfico, do design de produtos ou do design de interiores.

O levantamento final apresentou um total de 37 empresas, das quais 18 utilizam somente a cor azul ou têm predomínio desta cor em suas marcas. Em quatro, a cor azul divide o espaço com a cor verde ou vermelha. Apenas uma utiliza a cor verde, seis, a cor vermelha e em duas a predominância é do amarelo ou laranja. Por fim a cor preta é predominante em sete das marcas levantadas.

Com base neste levantamento optamos pela aplicação da cor azul como prioritária.
Para estabelecer o contraste que melhor definisse cada uma das partes componentes da marca, foi utilizada ainda a cor cinza com uma tonalidade mais próxima da cor preta que propiciou o aumento do brilho da cor azul no primeiro plano.

Nos próximos posts apresentaremos nosso Manual de Identidade Visual no qual trabalhamos para criar um leiaute diferenciado que já está finalizado, mas dependente de fecharmos a produção com uma gráfica. Aguardem.

REFERÊNCIAS:

FRASER, Tom; BANKS, Adam. O guia completo da cor. Tradução de Renata Bottini. São Paulo: Editora Senac, 2007.

GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação: a construção biofísica, lingüística e cultural da simbologia das cores. 3. ed. São Paulo: Annablume, 2004.

PEÓN, Maria Luísa. Sistemas de identidade visual. 3. ed. Rio de Janeiro: 2AB, 2003.

PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. 5. ed. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 1989. (Co-editado pela Editora Universidade de Brasília).

COMPUTER WORLD. Conheça as 100 maiores empresas de TI e Telecom no Brasil. http://computerworld.uol.com.br/negocios/2008/10/16/conheca-as-100-maiores-empresas-de-ti-e-telecom-no-brasil/

segunda-feira, 20 de julho de 2009

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Voltando a nossa programação

Para aplicação da hipermídia, vamos desenvolver um modelo alfa. Para construção deste modelo, estamos estruturando as informações, desenvolvendo o layout e organizando a programação.
Aqui está simplificada a programação da hipermídia e as relações dos seus elementos.

No próximo post você vai acessará o projeto da programação.

Desenvolvido no aplicativo www.mindmeister.com