Além do projeto experimental, nosso TCC também deverá tratar da criação de um estúdio de design digital, tanto no aspecto estrutural quanto na identidade visual.
Assim, neste primeiro, de uma série de posts que abordarão o estúdio, tratamos do nome do estúdio.
De acordo com Norberto Chaves, a identificação institucional desdobra-se em dois conceitos diferenciados:
"- identificação no sentido estrito, ou seja, o processo pelo qual a instituição vai assumindo uma série de atributos que definem "quem" e "como" ela é;
- denominação, ou seja, a codificação prévia da identidade mediante a associação com nomes que permitam dizer "quem" é esta instituição."
Norberto Chaves classifica os nomes das instituições em cinco modalidades:
- descritivos, no qual o nome define os atributos da identidade da instituição (ex: Centro Cultural São Paulo, Museu de Arte Contemporânea);
- simbólicos: definida pela alusão à instituição por uma “imagem literária” (ex: Itaú, Pioneer);
- patronímico: quando o nome é determinado pela relação com uma personalidade importante da instituição como o dono, o fundador etc. (ex: Lacoste, Johnson & Johnson)
- toponímico: nos casos em que o nome alude ao lugar de origem ou à área de influência da instituição (ex: British Airways, Aerolíneas Argentinas);
- contrações: por meio da composição na qual se utilizam iniciais ou partes de palavras que comporiam o nome da instituição (ex: IBM, LG, HP).
A definição do nome Stereographic para o estúdio enquadra-se nas categorias de uma instituição que pretende desenvolver sua identidade ao invés de defini-la por meio do nome e também utiliza-se da modalidade simbólica tratada acima.
O significado do termo stereographic – estereográfico, em português, refere-se ao sistema de representação ou ilusão no qual imagens bidimensionais são percebidas como tridimensionais, no entanto, pode também ser dividido em dois termos, independentes e mais conhecidos popularmente: estéreo, como o sistema de emissão sonora em dois canais comum nos aparelhos sonoros e; gráfico, como a representação visual por meio de símbolos e sinais desenhados ou gravados.
Além desta possibilidade de utilização composta do nome, que possibilitaria um maior reconhecimento por parte do observador, a percepção de nome composto também leva à vinculação com termos ligados ao mundo da comunicação: os elementos visuais (sejam textuais, fotográficos ou pictóricos) sonoros e verbais.
O nome apesar de mantido em sua grafia original, ou seja, como uma única palavra, para manter a sonoridade uníssona facilitando a memorização, permite a divisão dos termos no uso gráfico, para enfatizar ainda mais as relações imagéticas proporcionadas pelos dois termos.
Referência
CHAVES, Norberto. La imagen corporativa: teoria y práctica de la identificación institucional. 3. Ed. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 2005.
quarta-feira, 4 de março de 2009
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